Mercado de escritórios de São Paulo deve permanecer aquecido em 2024 | 4T2023
Previsão é de aumento do preço negociado e de queda na taxa de vacância na cidade.
O mercado de escritórios de alto padrão em São Paulo fechou 2023 com bons resultados. A absorção líquida acumulada foi a maior desde o início da pandemia, sendo 67 mil m² somente no último trimestre de acordo com pesquisa First Look realizada pela JLL. Nesse período, a região paulistana com melhor desempenho foi o eixo Berrini/Chucri, que concentrou 70% dessa movimentação.
De acordo com o levantamento, ao longo de 2023, foram incorporados ao estoque da cidade mais de 207 mil m² de espaços corporativos. Esse cenário fez a taxa de vacância crescer 0,9 p.p. em relação ao 4º trimestre de 2022. Até 2026, mais 341 mil m² devem ser entregues divididos entre: Berrini/Chucri, Centro, Chácara Santo Antônio, Faria Lima, Itaim, Jardins, Marginal Central e Vila Olímpia.
O preço médio pedido na cidade fechou o ano passado com uma alta de 12,3% em relação ao fechamento de 2022. “Observamos que, na prática, o deslocamento entre o preço pedido e o efetivamente praticado nas negociações tem sido cada vez menor. Agora, esse índice está em torno de 10%”, explica Yara Matsuyama, diretora de Locação na Divisão de Escritórios da JLL.
O que esperar para 2024?
A projeção para este ano é que sejam entregues mais de 127 mil m² de novo estoque de alto padrão. Mesmo com a chegada de novos empreendimentos, estima-se que a absorção líquida deve permanecer positiva pressionando leve queda na taxa de vacância.
“O ritmo deve permanecer aquecido, com as regiões mais nobres atraindo maior volume de negociações e, consequentemente, com provável aumento do preço transacionado do metro quadrado. Isso deve gerar também oportunidades interessantes financeiramente para ocupantes que estiverem dispostos a ficar-se fora desses eixos premiums”, avalia a especialista da JLL.
