Berrini/Chucri concentra 70% dos novos negócios de escritórios de alto padrão em SP no 4T2023
Região desperta interesse de ocupantes com produtos de qualidade e preços atraentes.
- Agência Tecere
A região da Berrini/Chucri Zaidan é a que teve maior destaque nas transações de escritórios de alto padrão no último trimestre de 2023. Do total de 67 mil m² absorvidos em São Paulo no período, 47 mil m² foram naquele eixo, ou seja, 70%. Estes números comprovam uma tendência observada ao longo de 2023: o aumento do interesse das empresas por espaços na região, que concentra 1/4 do estoque de escritórios da cidade, com 1,175 milhão de m². Os dados são do relatório First Look, da JLL, que apresenta o cenário do mercado de escritórios de alto padrão em São Paulo.
Mercado de escritórios em SP deve permanecer aquecido em 2024
Previsão é de aumento do preço negociado e de queda na taxa de vacância na cidade.
Com boa infraestrutura de transportes e serviços, a região da Berrini/Chucri teve o maior crescimento de estoque nos últimos períodos. A notícia do aumento da absorção anima porque, historicamente, a vacância ali sempre foi mais alta do que em outras localidades.
Assim, apesar das movimentações recentes, há grande disponibilidade de áreas na região e com preços atrativos. A taxa de vacância chegou a 26% no último trimestre de 2023, ainda acima da média da cidade, de 23,5%. Ainda que seja uma taxa de vacância elevada, a Berrini/Chucri já chegou a alcançar 32% de vacância no início de 2023. Já o preço médio pedido por m²/mês é de R$ 96,60, ligeiramente menor que a média da capital, de R$ 98,70.
“Berrini/Chucri é uma região em que há muita oferta. Porém, as absorções estão acontecendo de forma significativa trimestre após trimestre, com uma movimentação crescente. Essa região atrai as empresas porque possui produtos de qualidade, de altíssimo padrão, edifícios verdes certificados, a preços menores do que os praticados na Faria Lima, por exemplo”, diz Yara Matsuyama, diretora de Locação na Divisão de Escritórios da JLL.
Oferta de produtos de qualidade atrai grandes empresas
Os edifícios com certificação LEED, ou seja, que atendem a critérios de sustentabilidade, são 84% da oferta da região. Outra vantagem é a alta disponibilidade de espaços acima de 5 mil m², que possibilita às empresas consolidar suas operações. Tanto que as transações que elevaram o desempenho da região têm esse perfil: 6,8 mil m² para a Dow (indústria química) e 6,6 mil m² para a Accenture (consultoria), além de uma demanda de 4,5 mil m² da Caixa Vida e Previdência.
A qualidade dos ativos atrai grandes empresas, com destaque para alguns segmentos específicos, segundo Matsuyama. “Na Berrini, há muitas indústrias, de maneira geral, como P&G e Unilever, farmacêuticas, além de consultorias e empresas do setor financeiro.”
O bom momento da região, inclusive, foi tema de um artigo escrito por Yara Matsuyama para o portal da revista Exame.
O desempenho da região Berrini/Chucri coroou os bons resultados do mercado de escritórios de alto padrão em São Paulo em 2023. O preço médio pedido na cidade fechou o ano passado com uma alta de 12,3% em relação ao fechamento de 2022. A absorção líquida acumulada foi a maior desde o início da pandemia, com 128,5 mil m².
Ao longo do último ano, foram incorporados ao estoque da cidade mais de 207 mil m² de espaços corporativos. A projeção para 2024 é que sejam entregues mais de 127 mil m² de novo estoque de alto padrão. Mesmo com a chegada de novos empreendimentos, estima-se que a absorção líquida deve permanecer positiva, pressionando leve queda na taxa de vacância e aumento do preço pedido. Na Berrini/Chucri, são esperados 66 mil m² de novo estoque em 2025.
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