Reportagem

O sonho delas: mulheres contam os desafios de trabalhar em uma área majoritariamente masculina

Paula Balaroni Lima e Vanderleia Eulália Rodrigues, da área de Manutenção da JLL, contam experiências atuando no setor e como buscam inspirar outras mulheres.

30 de Agosto de 2021
Autores:
  • Mateus Videira

O sonho de trabalhar com o que sempre desejou já é uma realização profissional para poucos. Sendo mulher e com a ambição de atuar em uma área histórica e, ainda, majoritariamente masculina, os obstáculos costumam ser ainda maiores, regados a desconfiança e preconceito.

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Frases como “isso é trabalho de homem” e “você não tem força para esse serviço” infelizmente são comuns para muitas mulheres e marcam suas trajetórias. Com Paula Balaroni Lima e Vanderleia Eulália Rodrigues não foi diferente. Elas, no entanto, ouviram, refletiram e transformaram a desconfiança em oportunidade, não apenas para realizar um sonho, mas para dar mais um passo contra o preconceito de gênero em uma área dominada pela força de trabalho masculina: a manutenção.

“Ser mulher e dizer que trabalha com manutenção ainda causa certo espanto em muitas pessoas, porque é uma área ainda com poucas mulheres e tida por muitos como ‘de homem’. Preconceito existe, claro, mas muitos se surpreendem e ficam curiosos para saber a nossa história. Isso me deixa muito feliz. É nosso papel normatizar a mulher nessa posição”, diz Paula, planejadora de Manutenção na JLL.

“Eu observo os olhares desconfiados. Mas eles me dão mais força e inspiração. Mostra que cheguei onde eu queria e agora preciso me comunicar com quem está ao meu lado. Infelizmente, ainda é pouco comum ter uma mulher ao lado atuando na área, mas penso que sou um exemplo para inspirar outras mulheres”, analisa Vanderleia, oficial de Manutenção Generalista da JLL. 

A solução para o preconceito: diálogo

Ao longo de suas carreiras, tanto Paula quanto Vanderleia se depararam com situações constrangedoras, desde a necessidade de mostrar sua capacidade para conseguir realizar a mesma atividade que os homens ao redor, quanto para exercer liderança em equipe. Em todas as situações, no entanto, prevaleceram o diálogo e a força de vontade para mostrar que o diferente não é o errado, mas o certo a se fazer.

“Já passei por situações complicadas. Em uma delas, liderei uma equipe em que um dos colaboradores parecia incomodado com a minha posição. Era nítida a repulsa e a desmotivação em cumprir com atividades que uma mulher solicitava”, conta Paula. “Muitas vezes é necessário intervir, conversar com o gestor, mas saber se comunicar e tentar fazer com que o outro lado entenda a situação é essencial. Existem aqueles que não querem ouvir, mas muitos estão abertos a aprender”, completa. 

“Por estar na parte operacional, convivo com homens o dia todo. O primeiro contato é sempre um pouco desconfiado. Não deveria, mas muitas vezes foi assim. Conversar e mostrar que não é por ser homem ou mulher é sempre um caminho positivo. Todos precisam entender que o objetivo é o mesmo, desempenhar e fazer o melhor pela empresa em que trabalhamos”, explica Vanderleia. 

A busca por espaço

Apesar das trajetórias distintas, as duas mulheres da equipe de Manutenção da JLL trilharam caminhos parecidos até fazerem parte da mesma equipe, em sites e clientes diferentes. Cursos de profissionalização, experiências anteriores e muita força de vontade foram fundamentais para a realização do que ambas consideram um sonho: fazer parte da família JLL.

“Para mim é tudo muito novo. Estou na área há alguns anos buscando poder trabalhar em uma grande empresa. Estar na JLL é, ao mesmo tempo, um sonho e um desafio, porque me sinto na responsabilidade de inspirar outras mulheres a chegar onde cheguei. Ter a oportunidade em uma empresa é diferente, porque mostra que, aos poucos, estamos conquistando o espaço da mulher, onde ela quiser”, analisa Vanderleia.

“Tenho orgulho de fazer parte de uma empresa em que há mulheres em posição de liderança. Pode parecer algo pequeno, mas é um acolhimento a mais. Fui eliminada de processos seletivos por ter filho pequeno, por estar grávida, e aqui a família é parte do trabalho. A JLL é muito humana com suas pessoas e isso é especial”, comenta Paula. 

 

Paula Balaroni Lima trabalha na JLL há mais de um ano na área de Manutenção.

O lugar da mulher é onde ela quiser

Inspirar e pavimentar o caminho para outras mulheres são dois dos objetivos de Paula e Vanderleia, não apenas no que diz respeito à área de Manutenção, mas de todos os setores ainda majoritariamente masculinos.

“Hoje, a gente vê muitas mulheres na área de Facilities. Na Manutenção, a quantidade é menor, mas está crescendo. Cada vez mais, ainda bem, vejo respeito e cooperação. Não vou dizer que é fácil, porque não é, mas mulheres, fortes como são, superaram coisas tão difíceis ao longo da história que não vai ser uma área com mais homens que vai nos impedir de chegar onde queremos. O lugar da mulher é onde ela quiser. Não temos um lugar para nós, porque podemos fazer tudo o que quisermos”, diz Paula.

“A minha mensagem é de que é possível! Sou uma estudante em eletrotécnica e tento sempre me aperfeiçoar para chegar onde desejo. Eu digo que tudo é possível. Sonho é aquilo que você corre atrás até alcançar e não vai ser uma piadinha, uma pessoa machista ou qualquer um questionando a sua capacidade que vai te fazer parar. Temos que ser fortes, mas nossa transformação não precisa de força física, mas de força de vontade. O que é impossível para muitos é possível para poucos”, finaliza Vanderleia. 

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