Reportagem

Residencial no Porto Maravilha (RJ) segue tendência internacional e aumenta potencial da região

Projeto de aproximar trabalho, moradia, transporte, cultura e lazer torna local mais atraente, especialmente com as transformações da pandemia.

24 de Janeiro de 2024
Autores:
  • Agência Tecere

A revitalização do Porto Maravilha, no Rio de Janeiro, está ganhando novo fôlego com a chegada de empreendimentos residenciais. Há alguns retrofits e, principalmente, lançamentos em terrenos onde antes havia galpões subutilizados. Eles vêm se somar às torres comerciais e aos equipamentos culturais já desenvolvidos na região e colocam o Rio de Janeiro em uma tendência internacional: diversificar o uso dos espaços para favorecer a ocupação.

Essa tendência é apontada pelo relatório Future of the Central Business District Report, da JLL. Central Business Districts (CBD) são locais considerados como o coração comercial da área metropolitana, contendo grande densidade e variedade de instituições, como produtos de escritório de qualidade, centros de infraestrutura e espaços governamentais e culturais.

“O Porto Maravilha já é uma área turística consolidada. Com o desenvolvimento do segmento residencial, tem tudo para se tornar mais do que um Business District, será a região que vai ditar um novo lifestyle carioca”, afirma Eduardo DeLucas, Coordenador de Negócios Imobiliários da Divisão de Escritórios da JLL no Rio de Janeiro.

Quase quatro anos depois da pandemia, as empresas enfrentam o desafio de trazer os colaboradores de volta ao escritório após a experiência com o trabalho remoto. E as cidades precisam de soluções para se tornarem mais eficientes e para aumentar a qualidade de vida dos seus habitantes.

É por isso que a ideia de aproximar trabalho, moradia, transporte, cultura e lazer fica mais atraente. Dessa forma, diminui-se o tempo de deslocamento, trânsito, poluição, custos etc. Isso vale para bairros/regiões e, em escala menor, nos empreendimentos de uso misto, também em alta. 

Residencial e Porto Maravalley aquecem o mercado 

O segmento residencial no Porto Maravilha está virando realidade com a construção de sete novos empreendimentos e ganhou um incremento com o anúncio de dois retrofits de antigos prédios comerciais. É o caso do edifício "A Noite", na Praça Mauá, e de um prédio na rua Sacadura Cabral. Juntos, totalizam 587 apartamentos.

Ou seja, são nove empreendimentos residenciais em dois anos. No total, serão 6.715 apartamentos, com previsão de atrair cerca de 18 mil moradores, metade da população atual da região portuária. “O desenvolvimento do residencial é seguido pelo crescimento da oferta de serviços e comércio, o que acaba tornando a região mais interessante para as empresas”, avalia DeLucas.

Para além da chegada do residencial, outras iniciativas devem favorecer a ocupação do local. Uma delas é a construção do Porto Maravalley, um polo de educação e tecnologia que aposta na formação de novos talentos e em infraestrutura para atrair empresas de tecnologia e inovação. 

A hora de investir é agora!

A redução do ISS (Imposto Sobre Serviços) de 5% para 2% é o maior atrativo para as empresas inovadoras que desejam se estabelecer na região. No entanto, as startups, que são o foco do projeto Porto Maravalley, costumam ser empresas pequenas, enquanto os espaços corporativos predominantes na área são as grandes lajes corporativas.

Assim, proprietários que desejam aumentar seu potencial de atração de ocupantes devem investir na adequação para espaços menores e, se possível, mobiliados. Isso reduz custos e prazo de mudança, fatores determinantes para atração de inquilinos em um mercado com alta oferta.

“Para as empresas que desejam se instalar no próximo polo de desejo carioca, a hora é agora, enquanto o preço médio pedido não está tão diferente do resto da cidade. O valor médio do metro quadrado corporativo no Porto Maravilha é de R$ 85, ligeiramente mais alto do que a média da cidade, de R$ 77/m². Porém, nos empreendimentos AQWA Corporate e Vista Guanabara já passa dos três dígitos. A margem de negociação deve diminuir à medida que aumenta a ocupação da região”, indica o especialista da JLL. 

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